Olá amigos, leitores, fãs e alunos da DlteC! Hoje vamos falar sobre o Dual Stack ou Pilha Dupla em ambientes que possuem os protocolos IPv4 e IPv6 rodando simultaneamente.
A pilha dupla, como o próprio nome diz, é ter ambos os protocolos IPv4 e IPv6 configurados tanto nas interfaces dos dispositivos de rede como nos hosts e servidores, ou seja, em todos os nós e endpoints da rede.
Dessa maneira, quando o host for se comunicar com outros hosts IPv4 ele utiliza a pilha do protocolo IP versão 4, porém quando for conversar com um host ou servidor IPv6 utilizará a pilha referente ao protocolo IP versão 6.
Note que nessa técnica não há nenhum tipo de tradução ou interconexão entre os protocolos, ou seja, os fluxos IPv4 e IPv6 são separados e o computador usa um ou outro.
Outro ponto importante é que não há comunicação entre o protocolo IPv6 e IPv4, ou seja, a camada de transporte escolhe enviar seu fluxo por um ou por outro de acordo com o que a aplicação for utilizar.
Por exemplo, você digitou em um navegador o endereço IPv6 de um servidor (http://2002:13fa:0:4::2 – exemplo hipotético) aqui a pilha do protocolo IPv6 será usada para criar a conexão entre o computador e o servidor.
Agora, se no exemplo anterior o usuário digitasse “http://10.0.0.10”, a pilha de protocolos TCP/IP utilizaria o IPv4 para enviar os pacotes entre o cliente e o servidor.
Inclusive esses dois endereços poderia pertencer ao mesmo servidor sem problema algum.
Portanto, em uma rede poderemos encontrar dispositivos somente Ipv4, com pilha dupla ou somente IPv6, sendo que o único que irá conseguir falar com dispositivos remotos tanto com IPv4 e IPv6 será o que possui a pilha dupla configurada.
Veja a próxima figura mostrando na prática que um host com pilha dupla possui um endereço IPv4 e um IPv6 configurado na mesma interface de rede.
Na implementação de uma pilha dupla é importante lembrar que as configurações dos recursos de rede para o IPv4 e IPv6 serão independentes em diversos aspectos, seguem alguns pontos importantes a serem considerados abaixo:
- Informações nos servidores DNS autoritativos, pois as entradas para os servidores IPv6 no DNS possuem necessidades de configuração específica;
- Protocolos de roteamento, pois os roteadores deverão ser configurados para rotear as redes IPv6, isto não é automático;
- Firewalls, pois agora serão necessárias regras de filtragem baseadas também no fluxo IPv6, sendo que o mesmo vale para os IPSs e IDSs;
- Gerenciamento das redes, pois o uso do SNMP exige que os gerenciadores e as MIBs tenham suporte ao IPv6 e provavelmente configurações específicas serão necessárias.
Espero que possa ter ajudado a você compreender melhor esse assunto e conto com sua ajuda para compartilhar nosso artigo em suas redes sociais, assim como grupos!
Mais uma vez agradeço sua visita e até uma próxima.
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5 Responses
As suas explicações sobre rede tem esclarecido muito meu conceito sobre essa parte antes tão complicada pra mim agradeço muito.
Legal Juan, fico feliz em saber que estamos ajudando!
Curto, direto ao ponto e bem explicado!
IPv4 é fulano
IPv6 é cicrano
Valeu
\o/.
No exemplo da figura o host que só tenha IPv4 consegue se comunicar como host que só tem IPv6 ?
Diretamente com pilha dupla nunca, IPv6 fala com IPv6 e v4 com v4… você precisa de uma tradução para isso acontecer.