A computação em nuvem ou Cloud Computing é um modelo pelo qual você acessa servidores remotos que fornecem software, armazenamento, banco de dados, rede ou serviços de computação.
Ao contrário da sua empresa precisar comprar o hardware e o software, outra se preocupa com isto, e a sua essencialmente aluga-os e acessa pela Internet.
Não há uma nuvem apenas, mas centenas de nuvens comerciais existentes hoje.
Muitas delas são de propriedade de grandes empresas, como Amazon, Microsoft, Google, HP e IBM.
As três mais populares são o Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud.
Os consumidores de nuvem são também conhecidos como inquilinos (“tenants”).
Em essência, a cloud é também descrita como um ambiente multi-inquilino (“multitenant”).
Os provedores de serviços de nuvem (CSPs – Cloud Service Providers) se responsabilizam por manter isolados os dados e configurações de cada um dos seus inquilinos.
Segundo o NIST (National Institute of Standards and Technology), Cloud Computing “é um modelo que possibilita acesso à rede de forma onipresente, conveniente e sob demanda a um conjunto compartilhado de recursos computacionais configuráveis que podem ser rapidamente alocados e liberados com o mínimo de esforço de gerenciamento ou de interação com o provedor de serviço.”.
Para melhor entender a cloud computing, vamos analisar em seguida algumas de suas principais características.
On Premises versus Cloud
Um termo que você vai escutar muito é o “On Premises” e vamos explicar a diferença em relação ao Cloud Computing.
A cloud computing difere do modelo on-premise (ambiente de rede e servidores mantidos dentro da empresa) de uma maneira singular.
Uma empresa hospeda tudo internamente em um ambiente local tem uma solução on premises, enquanto em um ambiente de nuvem ou cloud um provedor terceirizado hospeda tudo isso para você.
Lembre-se que em um ambiente on premises a empresa é responsável pelos ativos de rede como servidores, switches, roteadores, segurança física do ambiente, etc.
Enquanto um ambiente em nuvem toda essa responsabilidade passa para o provedor de serviços.
Características do Cloud Computing
O serviço em nuvem tem várias vantagens e desvantagens em relação a um ambiente on premises, porém, dependendo o ramo de atuação e o porte da empresa é uma solução que traz muito mais vantagens que desvantagens na sua adoção.
Vamos analisar as principais características que um serviço em nuvem deve ter.
Serviço sob demanda: as funcionalidades computacionais são providas automaticamente, sem a necessidade de interação humana com o provedor do serviço.
Amplo acesso aos serviços de rede: os recursos computacionais estão disponíveis através da Internet e poderão ser acessados por meio de mecanismos padronizados, de maneira que possam ser utilizados por dispositivos variados como computadores pessoais, smartphones, tablets e muitos outros.
Pool de recursos compartilhados: os recursos computacionais físicos ou virtuais do provedor do serviço são utilizados de forma compartilhada entre muitos usuários (“tenants”).
Tais recursos são alocados e realocados dinamicamente segundo a demanda de cada um.
Rápida elasticidade: As funcionalidades computacionais devem ser rápida e elasticamente providas e liberadas de acordo com a demanda de uso dos recursos.
Esta característica anda de mãos dadas com a “escalabilidade” em nuvem.
Para que você tenha uma ideia de como ambos atuam em conjunto, imagine que você possua uma aplicação de processamento de imagens rodando em uma instância de máquina virtual (VM – Virtual Machine) em nuvem.
Imagine também que a aplicação esteja demorando demais para ser executada onde você poderia, por exemplo, incluir mais RAM e CPU virtual à máquina – usufruindo da escalabilidade da cloud computing.
Ou seja, a escalabilidade possibilita que os recursos consigam ser incrementados ou reduzidos de acordo com a demanda – tornando “elástico” o serviço como um todo.
Este tipo de escalamento vertical é conhecido como “scaling up”.
O procedimento inverso é conhecido como “scaling down”.
Agora imagine outra situação, suponhamos que a instância em nuvem (em seu estado original) esteja manipulando muitas requisições simultâneas e você deseja distribuir esta carga de trabalho com outras máquinas virtuais.
Neste caso você poderia incluir mais outra instância de VM.
Este tipo de escalonamento horizontal é conhecido como “scaling out” – mais uma vez tornando elástico o serviço em cloud (o processo reverso é conhecido como “scaling in”).
Os serviços são mensuráveis: os sistemas de gerenciamento utilizados na cloud computing permitem o controle e monitoramento automático dos recursos relacionados a cada tipo de serviço (relacionado a armazenamento, processamento e largura de banda).
Este monitoramento deve ser transparente tanto para o provedor dos serviços quanto ao consumidor – permitindo que este último seja cobrado apenas por aquilo que consumir.
Como Acessar os Serviços em Nuvem
Os CSPs oferecem diversas formas para permitir aos consumidores implantar e gerenciar os seus serviços em cloud.
Por exemplo, a AWS oferece o Console para iOS e Android para gerenciar o serviço Amazon EC2 (Elastic Compute Cloud).
Os recursos também poderão ser implantados e gerenciados por meio de ferramentas de linha de comandos.
O Microsoft Azure, por exemplo, disponibiliza o Azure CLI.
Navegadores web também poderão ser utilizados para permitir ao consumidor ter acesso de forma criptografada aos seus recursos de nuvem – utilizando o protocolo HTTPS (Hypertext Transfer Protocol Secure).
Outras Características do Cloud Computing
A cloud computing permite às organizações executarem boa parte de seus serviços em data centers de propriedade e gerenciados por provedores de serviços – saindo do modelo de despesa CAPEX (Capital Expenditure) para o modelo OPEX (Operational Expenditure).
A lógica é similar a maneira em que consumimos energia elétrica, por exemplo. Você não adquire toda a infraestrutura necessária para gerar e consumir energia, mas utiliza serviços prestados por distribuidoras específicas – pagando somente por aquilo que consome.
A ideia geral é esta, ou seja, você não precisa investir alto em ativos de TI para manter as suas operações de negócio – os recursos poderão ser consumidos como um serviço via nuvem.
Para cada oferta de serviço de cloud, como storages, VMs, bancos de dados, etc., os CSPs publicam SLAs (Service Level Agreements), representando um determinado nível garantido de tempo de disponibilidade relacionado ao serviço e aos dados (como 99.99%, por exemplo).
Outro aspecto da disponibilidade recai sobre os ombros do cliente da nuvem. Se você depende de serviços de computação em nuvem pública e seu link de Internet cai, você tem um problema.
As organizações devem considerar a implementação de links redundantes de Internet por meio de diferentes ISPs (Internet Service Providers) para maximizar o serviço em nuvem e a disponibilidade de dados.
A cloud computing evoluiu tão rápido que já existem modelos segmentados para atender às mais diversas demandas no mundo corporativo.
São formas diferentes de entregar computação remota, baseadas na maturidade tecnológica de um negócio, capacidade da TI e expectativas de retorno sobre ferramentas ou sistemas específicos.
Como A Nuvem Afeta a Vida dos Profissionais de Rede de Computadores
“A computação em nuvem está tomando o mundo de assalto. De fato, 94% das cargas de trabalho (workloads) e instâncias de computação serão processadas por meio de data centers em nuvem 2021, em comparação com apenas 6% por data centers tradicionais, de acordo com pesquisa da Cisco.”
A nuvem vai impactar e já tem impactado os profissionais de Redes, mas a mudança para a nuvem não afetará o que você já tem ( Hardware, softwares, dispositivos de rede não desaparecerão), mas todos futuros projetos futuros têm grande probabilidade de serem total ou parcialmente baseados em nuvem.
A nuvem torna os projetos e as comunicações mais simples e ele funcionará mais com o roteamento central, portanto, a necessidade tradicional de manter grandes tabelas de roteamento e os caminhos serão menores.
Outro ponto que caminha em paralelo com a cloud computing são as ferramentas de automação e a programabilidade, assuntos que permearão cada vez mais a vida dos profissionais de rede e infra de TI.
Como a DLTEC vai me Ajudar nesse Caminho para Entender a Nuvem na Vida de um “Cara de Redes”?
Nossa nova trilha chamada Profissional de Infraesturtura de TI e Telecom vem de encontro com essas necessidades de atualização e aprendizado em Nuvem, Automação, Programabilidade e assuntos correlatos.
Separamos um tópico mais específico para ajudar nossos alunos e você a entrar com o pé direito nesse mundo de nuvem chamado “Introdução ao Cloud Computing“.
Nessa parte da trilha rumo a se tornar um profissional de Infra de TI você vai aprender alguns dos conceitos mais essenciais sobre a cloud computing em geral, assim como sobre criar uma conta na AWS, utilizar o AWS Budget, conhecer as vantagens da AWS bem como entender sobre suas características.
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