Tornar-se um administrador Linux, reconhecido pelo Linux Professional Institute (LPI) e ser LPIC-1, é o desejo de muitos atuantes na área de TI, principalmente devido à credibilidade oferecida por esta entidade que há mais de 20 anos vem atuando nesse sentido.

Os objetivos para conquistar a primeira certificação Profissional Linux como a LPIC-1 são variados – garantir uma promoção, curiosidade, mudar a área de atuação, dentre outros.

Tudo isso é louvável…

… Porém, antes de qualquer coisa, é necessário montar um kit básico de sobrevivência para enfrentar esta maratona.

“Maratona”…

… Percebeu essa palavra? Ligando uma coisa à outra, já sabemos (de cara) de que não se trata de um processo medíocre – que basta estudar algumas horinhas e.. pronto! Certificado! Longe disso…

É claro que alguns candidatos podem iniciar os seus estudos com algum conhecimento prévio (por n motivos).

Mas, mesmo assim, a balança se equilibra no critério “Esforço”.

Como exemplo, imagine que João já dirija o carro de seu avô informalmente durante algum tempo, naqueles passeios rurais de família – faz uma curva, anda pra frente, anda para trás, etc.

Mas, quando João for tirar a sua carta de direção, ele deverá seguir os protocolos da entidade que o certifica, precisando se atentar a assuntos que antes não eram nem considerados.

Será que João colocava o cinto de segurança, ajustava os retrovisores, fazia a chamada “cautela”? É nesse sentido que me refiro…

A boa notícia é: “qualquer pessoa poderá conseguir tornar-se um(a) profissional Linux certificado”, desde que esta intenção seja verdadeira. Lembra daquela máxima que diz: “Tudo tem um preço”?

É aqui que se criam-se dois grupos: o dos vencedores e dos que reclamam. É preciso decidir em que lado você desejará estar.

Aqui, “preço a se pagar” não está se referindo ao critério financeiro; mas sim, à garra, vontade, desejo e paixão em conseguir vencer na sua empreitada.

Dessa forma, a seguir serão apresentados 4 itens sugeridos para compor a sua caixa de ferramentas rumo à conquista da certificação LPIC-1.

Preciso definir os meus objetivos para conquista do LPIC-1

Após ter ciência de que se trata de uma maratona, o segundo passo é estabelecer um propósito – um objetivo.

“O que me motiva a enfrentar esta maratona em rumo ao LPIC-1?”. Esse objetivo será o seu “guia” até a conquista desejada.

Conheço alguns profissionais que outrora não gostavam de matemática mas que, devido aos objetivos que por eles foram estabelecidos, tornaram-se apaixonados por ela.

Então, se o seu objetivo é conquistar a LPIC-1 e prosseguir nos demais degraus de certificação do LPI, é preciso estabelecer um “casamento” entre você e os seus objetivos.

São eles que farão você acordar em uma segunda-feira fria, às 5 da manhã, para dar uma estudada de 1 hora (1 hora e meia) antes de ir trabalhar, por exemplo. Como dissemos, “tudo tem um preço”.

Quanto tempo você abdicará do seu lazer para abrir as páginas man e se concentrar nos estudos? Quantas saídas com amigos deverão ser recusadas quando a data do exame estiver se aproximando?

É preciso que haja reflexão sobre isso. A lenda brasileira do Basquete, Oscar Schimdt, conta que, além dos treinos oficiais, costumava treinar mais de 1.000 arremessos todos os dias para conseguir mais excelência em suas atividades. Sorte ou persistência?

Coragem

O exame LPIC-1 é composto por duas provas: 101 e 102, ambas atualmente na versão 5.0. Fazendo uma analogia, a decisão do campeonato (LPIC-1) é composto por dois jogos (101 e 102) – dois desafios!

Após estabelecer os seus objetivos e chegar a conclusão que você deseja VERDADEIRAMENTE conquistar a sua primeira certificação, inicie os seus estudos com o material adequado e, não muito após isso, agende o seu primeiro exame (101).

Mas, para quando?

Isso dependerá de variáveis importantes, como a quantidade de horas que você poderá se dedicar aos objetivos que você decidiu.

Nesse ponto, você deve se conhecer (já dizia o aforismo grego). Seja qual for sua decisão, tome coragem e estabeleça um prazo! Escreva seus objetivos em um PAPEL e deixe-o por perto, junto à data do exame! Olhe-o todos os dias durante a sua preparação!

Apesar de ser um critério bastante subjetivo, uma coisa é hegemônica: Não procrastine o seu desejo!

Não comece os estudos em Abril e marque o primeiro exame para Dezembro! Não siga essa “vibe”, pois gera gastos excessivos, cansaço e, consequentemente, desistência durante a maratona.

Santo Agostinho já dizia há muito: “A esperança tem duas filhas lindas: a indignação e a coragem. A primeira ensina a não aceitar as coisas como estão; a segunda, a mudá-las.”. Coragem!

Dedicação ao meu sonho rumo ao LPIC-1

Os comandos, conceitos e quaisquer outras coisas que você verá no meio do caminho (rumo à certificação) precisarão ser memorizados.

É aquele famoso “estar na ponta da língua”. Isso é uma grande verdade! Agora, como fazer para encaixar tudo isso na sua memória?

Os estudos deverão ser organizados devidamente para que você não se sinta “perdido” durante o processo.

A dica é que você rotacione os seus estudos, para que fiquem sempre “frescos” na memória. Vou te contar como costumo organizar os meus (daí, você tira como um parâmetro para adaptar para a sua realidade):

Vamos imaginar que hoje é uma terça-feira e que começarei a estudar o assunto A. Nesse primeiro dia, irei ler o conteúdo por umas 2 horas (por exemplo).

É a chamada “Leitura exploratória” – você terá o primeiro contato com o assunto (somente isso, sem pressão).

Na quarta-feira, caso só tenha 2 horas para estudar, a primeira delas será dedicada a fazer exercícios do assunto A. Na segunda hora dos estudos, começo o assunto B.

Na quinta-feira, a primeira hora dos estudos será dedicada aos labs que farei sobre o assunto A (abrindo a máquina virtual, se for o caso – rodando comandos na prática – revendo conceitos, etc).

A última hora será dedicada a fazer exercícios do assunto B. E assim prossegue… lembrando que os fins de semana poderão ser utilizados para a criação de mapas mentais, resumos dos conteúdos e, especialmente, para criar um cronograma dos assuntos que serão vistos na próxima semana.
O que isso tudo indica?

Os conteúdos deverão estar, de uma forma ou de outra, presentes rotineiramente na sua memória. Não é muito interessante estudar um assunto novo hoje e revê-lo em três meses!

A administração do tempo também é algo merecedor de ser citado. Se forem utilizadas duas horas para os estudos, serão de fato 2 HORAS.

Evite ao máximo as distrações – lembre-se dos seus objetivos! Como dito, são eles quem irão lhe guiar durante o processo.

Se não forem definidos objetivos claros e verdadeiros, seus estudos poderão não render como esperado.

O dia do exame é só mais uma prática de exercícios

Por fim, chegou o grande dia (exame 101 ou 102)!

O dia que você demonstrará que a sua maratona valeu a pena… que você erguerá a taça! Considere esse dia como mais um daqueles que você irá praticar exercícios.

Por que?

Algo que não pode acontecer é você se sentir tão nervoso(a) a ponto de dar aquele “branco” ao entrar na salinha para fazer a sua prova.

Conheço pessoas que passaram por essa experiência – sabiam os assuntos, fizeram simulados mas, quando clicaram em “Iniciar o exame”, gelaram! Daí, como podemos supor, a questão psicológica entra em cena e pode derrubar um candidato(a) muito bem preparado(a).

Dessa forma, a sugestão é pensar da seguinte maneira: “Eu estudei com vigor durante x tempo. Fiz simulados e estou PREPARADO(A) para o exame. Farei só mais um agora e ponto final.”.

É isso! Essa confiança preparará o seu astral para o grande momento.

Antes de começar a prova, caso esteja nervoso(a), peça para ir ao banheiro e diga isso para você mesmo(a), frente ao espelho:

“Eu vou chegar lá dentro e vou acertar as questões, porque estou PREPARADO(A)”.

Aproveite e pense em todos aqueles que te motivaram para estar ali, que “compraram a sua briga”, que te amam e desejam ver o seu progresso…

Pense também naqueles “come carniças” que não acreditam em você (que acham que você não leva jeito para a coisa).

Esses aí também podem ser utilizados como gatilhos para a confiança:

“Como assim eu não consigo? Eu sou capaz SIM… vou lá e vou arrebentar!”.

No final da história, quando a inscrição “Passed” surgir no final do seu exame, você entenderá o que estou dizendo. Depois me conta!

Sucesso!

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