Fonte da notícia: Teletime News
Alguns dados interessantes destacados por Robert Pepper, vice-presidente de política tecnológica da Cisco em sua apresentação no Mobile World Congress, que acontece esta semana em Barcelona, dão uma ideia das mudanças que podem ser esperadas no mercado de mobilidade no próximo ano. Mais do que destacar os dados do Visual Networking Index (VNI) para mobilidade apresentado há duas semanas, Pepper chamou a atenção para as tendências apontadas pelo estudo, que é utilizado como referência para a maior parte das operadoras no planejamento de suas redes e serviços.
O primeiro destaque apresentado por Pepper é que até 2016, 23% do tráfego de dados móvel corporativo, e a maior parte do tráfego será da região asiática. “Temos que pensar que o tráfego corporativo tem necessidades diferentes de confiabilidade”, disse. Outro destaque feito por Robert Pepper é que de todo o tráfego móvel em 2016, 22% será decorrente de estratégias de offload da rede 3G e 4G, ou seja, estará em redes WiFi.
Segundo o VNI, em 2016, 60% dos usuários usarão mais de 1 Gb por mês, e 48% do tráfego será de smartphones. Segundo a Cisco, o tráfego de dados a partir de tablets será apenas 4,7% do total em 2016, mas apenas esse percentual representa o dobro de todo o tráfego móvel no ano passado. Segundo a Cisco, 70% do tráfego de dados móveis será decorrente de conteúdos de vídeo. Outro dado importante: 71% do tráfego decorrerá de serviços prestados em nuvem, “o que exige baixa latência além de velocidade”. Para a Cisco, 36% dos usuários de serviços de banda larga móvel em 2016 terão conexões 4G, mas cada usuário 4G consumirá 28 vezes mais que um usuário de 3G”, disse Pepper.
Para o executivo da Cisco, que foi entrevistado na edição de dezembro de 2011 da Revista TELETIME, por mais que se fale em mobilidade como a grande transformação da banda larga nos próximos anos, “todos os caminhos levam à fibra”. Segundo ele, é impossível pensar em banda larga móvel sem que a infraestrutura de fibra óptica para conectar as células esteja capilarizada a cada antena. Além disso, segundo Pepper, as redes precisam também de simetria de tráfego. “Não vivemos mais um mundo assimétrico”.